Os profissionais da educação de todo o Estado estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira (8), em frente à Assembleia Legislativa e decidiram por unanimidade pela adesão à Greve Geral da categoria a partir do dia 15 de março. A decisão foi tomada durante Assembleia Geral da Rede Estadual, que reuniu mais de 2 mil pessoas e foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás.
Os professores reivindicam 4 questões importantes:
- rejeição à Reforma da Previdência e ao Pacote de Maldades do Governo do Estado;
- pagamento do Piso dos professores;
- pagamento da Data-base dos administrativos;
- aumento salarial aos servidores temporários que estão há três anos sem reajuste (recebendo menos que o salário mínimo), e regularização no atraso do pagamento do vale-transporte.
Para a presidenta do Sintego, Bia de Lima, é necessária a união e o fortalecimento da categoria neste momento de luta, para que as reivindicações sejam atendidas. Ela destaca também que caso as arbitrariedades que estão sendo impostas pelo Governo Federal e pelo Governo do Estado sejam aprovadas, será o fim da carreira do professor e dos trabalhadores administrativos.
“Precisamos de uma categoria unida. A força dos profissionais da educação deve ser mostrada neste momento em que nossa carreira está comprometida com estas arbitrariedades apresentadas pelo golpista do Michel Temer e pelo governador Marconi Perillo. Não temos medo de lutar e convocamos toda a categoria para juntamente com o Sintego dar um basta nesses desmandos” reagiu.
Com a decisão unânime de adesão à Greve Geral do próximo dia 15 de março, o Sintego vai elaborar um calendário de ações a serem realizadas durante o período em que os profissionais da educação estarão em greve por tempo indeterminado.
Entenda a pauta
Em Góias o governador Marconi Perillo pagou o Piso de 2016 apenas para professores PI, PII e Quadro Transitório, deixando de fora os professores PIII e PIV, que correspondem a mais de 30 mil profissionais. Além disto não pagou o Piso de 2017 que deveria ser reajustado em janeiro deste ano.
Já os servidores administrativos da rede estadual estão há dois anos sem a correção da inflação (Data-Base). São profissionais que trabalham como merendeiras, porteiros, secretários e auxiliares de faxina das escolas, muito deles recebendo abaixo de um salário mínimo.