Cupinzeiros iluminados misteriosos, nas nas noites quentes e úmidas da primavera e do verão datam desde o século XIII. Existiram diversas teorias ou lendas em razão desse fenômeno destacando-se o evento fantasmagórico, brilho dos cupinzeiros pelo rodeio de insetos luminosos, bactérias luminescentes fixadas nos ninhos dos cupins, etc. Todos acordam e confirmam que é, sem dúvida, um efeito estético mágico, espetacular e atrativo de milhares de pessoas que podem conhecer pessoalmente essa beleza da natureza. Apenas a partir do século XX os estudos passaram a identificar as causas do fenômeno da Bioluminescência. A bioluminescência é, uma luz fria, não fosforescente, emitida por alguns organismos vivos com finalidades diversas, conforme a espécie e o grupo a que pertencem. Pesquisadores acreditam que os organismos que apresentam essa capacidade de emissão de luz, o fazem para atração de parceiros para a reprodução, captação de alimentos pela atração das presas e até como meio de defesa, entre outros fatores ainda não desvendados pela ciência.
Veja a reportagem no Jornal Hoje, a respeito do mistério dos cupinzeiros luminosos, fenômeno raro que acontece no bioma cerrado do Brasil central:
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Em nosso Parque Nacional das Emas, onde temos a densidade de cupinzeiros de mais de 300 unidades por hectare, os organismos responsáveis pela bioluminescência são larvas de um tipo de vaga-lume, Pyrearinus termitilluminans, cujo nome científico está associado à luz (Pyrearinus: relacionado a fogo, luz). O fenômeno é facilmente observado no Parque das Emas na época do início das chuvas, iniciando-se o entardecer e o início da noite, principalmente quando ocorrem pancadas de chuvas nos dias mais quentes.